A colheita do algodão, conhecido popularmente como ouro branco pelo seu valor comercial, foi aberta em maio deste ano. As projeções da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) estimam que a safra 2021/2022 rentabilize cerca de 522,5 mil toneladas, gerando entre 280 e 300 arrobas de algodão por hectare.
Segundo a associação, o número está 12% menor do que foi previsto anteriormente, uma vez que eram aguardadas 588 mil toneladas. A entidade esclareceu que a redução se deu principalmente em decorrência da irregularidade de distribuição de chuvas, com excesso no plantio e ausência nos meses de fevereiro, março e abril.
No entanto, de acordo o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, esta safra ainda deverá ser remuneradora para os produtores. Os insumos foram adquiridos em patamares de preço anteriores à guerra entre Rússia e Ucrânia, e o algodão foi comercializado em valores superiores a US$0,80 por libra-peso. Cerca de 70% da safra 2021/2022 já foram vendidos.
Neste ano, durante a safra que está em andamento, a Bahia plantou cerca de 309 mil hectares da fibra, sendo 303 mil hectares na região Oeste. Até agora, o estado já colheu em torno de 20% do algodão plantado. Os dados divulgados na 67ª reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados do Mapa, realizada na Ilha de Comandatuba, em Ilhéus/BA, no dia 24 de junho, podem ser conferidos no portal da Abapa.